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COM FIM DE JEJUM DE ALECSANDRO, VASCO EMPATA COM GALO E AJUDA FLU

Igualdade no placar em São Januário contribui para o título tricolor. Galo cai para a 3ª posição, enquanto vascaínos dependem de milagre para ir ao G-4
Alecsandro não fazia um gol havia nove jogos, desde o dia 1º de setembro. Neste domingo, o atacante ajudou a decidir o Brasileirão ao garantir a igualdade entre Vasco e Atlético-MG por 1 a 1, em São Januário. Aliado à vitória do Fluminense sobre o Palmeiras por 3 a 2, o resultado assegurou o título nacional ao Tricolor com três rodadas de antecedência. Ultrapassado pelo Grêmio, o Galo caiu para a terceira colocação, com 65 pontos. Já os vascaínos, que chegaram a 51 pontos, dependem de um milagre para conquistar uma vaga no G-4, já que somam oito pontos a menos do que o São Paulo, atual quarto colocado.
O jogo foi marcado por polêmica, especialmente no primeiro tempo, quando o árbitro anulou gol de Wendel ao assinalar que o volante gritou "deixa" antes de finalizar e, pouco depois, marcou  pênalti duvidoso de Douglas em Escudero, que originou o gol do Atlético. Além disso, os auxiliares erraram diversos lances de impedimento, para as duas equipes.
Depois da saída de Marcelo Oliveira, o empate do Vasco, que foi comandado pelo interino Gaúcho, evitou que o time perdesse a sua sétima partida seguida, o que igualaria a pior marca da história do clube em Brasileiros, estabelecida em 1995. Já o Galo continua a sua sina de não vencer fora de casa desde o dia 21 de julho, pela 11ª rodada, quando goleou o Sport por 4 a 1, na Ilha do Retiro.
Mesmo com o fim de seu jejum pessoal, Alecsandro saiu triste do gramado. Ele lembrou a boa campanha do Vasco durante o primeiro turno e lamentou a queda de rendimento da equipe na reta final.
- Comemorar o quê? A essa altura era para estar comemorando título. Não tem nada para comemorar, vamos jogar pela dignidade. O grupo não está merecendo passar por esse momento. Nesses dois anos em que estou no clube, é bom lembrar, quando cheguei o time se encontrava em situação bem ruim. Ganhamos Copa do Brasil e voltamos para a Libertadores depois de 11 anos. E às vezes você não vê o reconhecimento do torcedor - desabafou.
Do lado do Atlético, Ronaldinho lembrou que o time agora briga pelo vice-campeonato brasileiro, que garante a vaga direta à fase de grupos da Libertadores.
- A gente criou bastante. Mas jogar com um a menos, com esse calor, é muito complicado. Conseguimos envolver o adversário. Agora é descansar, vencer mais um jogo dentro de casa e encaminhar essa classificação direta para a Libertadores - afirmou.
Galo pressiona, Vasco reage
O forte calor em São Januário não incomodou os atleticanos no início da partida. A velocidade de Ronaldinho, Bernard e Escudero causou estragos na defesa vascaína, que só parava os adversários com faltas: foram cinco infrações nos primeiros nove minutos, quatro delas nas imediações da área de defesa. Numa delas, Ronaldinho cobrou forte, Fernando Prass espalmou e, no rebote, Réver chutou para fora.
Depois da pressão inicial, o Vasco se encontrou em campo, sempre comandado por Felipe e Juninho no meio-campo. Victor salvou o Galo ao sair nos pés de Tenorio na pequena área. A primeira jogada polêmica aconteceu aos 19 minutos, quando Alecsandro cruzou da esquerda e Wendel mandou para a rede. O árbitro goiano Elmo Alves Resende, no entanto, anulou o gol. Ele assinalou que o volante vascaíno disse "deixa", atrapalhando os atleticanos. Wendel argumentou que o pedido era para o companheiro Felipe, já que não havia qualquer adversário entre ele e a bola que vinha em sua direção.
O primeiro gol do jogo também saiu depois de lance controverso: aos 25 minutos, Ronaldinho lançou Escudero, e o argentino caiu na área depois de contato de seu pé com o joelho do zagueiro Douglas. O juiz marcou pênalti, que Ronaldinho bateu para abrir o placar.
Os veteranos Juninho e Ronaldinho criaram perigo em lances de bola parada. O vascaíno exigiu boa defesa de Victor em cobrança de falta. O atleticano acertou a trave em cobrança de escanteio. O Vasco também acertou a trave com Tenorio, porém a jogada já estava parada, uma vez que o equatoriano estava impedido.
A partir dos 39 minutos, o Vasco ficou com um jogador a mais. Serginho, que já tinha cartão amarelo, entrou de sola em disputa com Juninho no meio-campo e foi expulso.
Chances para os dois lados
Sem Serginho, Cuca substituiu Escudero por Richarlyson depois do intervalo, com o objetivo de recompor o meio depois da expulsão. Gaúcho também promoveu mudanças do lado vascaíno: os jovens Max e Marlone entraram no lugar de Jonas e Tenorio.
Com um jogador a mais, o Vasco voltou melhor para a segunda etapa. Felipe e Alecsandro ensaiaram aos 8 minutos, mas Victor evitou o empate. Logo depois, porém, a dobradinha funcionou. Passe do Maestro, chute do camisa 9, gol. Normalmente vaiado pela torcida, o centroavante não comemorou.
O resultado ajudava o rival Fluminense, que naquele momento vencia o Palmeiras por 1 a 0. Mas a torcida vascaína pedia a virada a plenos pulmões. Ela quase saiu do pé direito de Max, porém Victor fez boa defesa. Com a empolgação que vinha da arquibancada, o Vasco passou a deixar espaços em seu setor defensivo. Num deles, o zagueiro Réver surpreendeu ao avançar ao ataque e chutou rente à trave de Prass.
Iguais no placar, os times também ficaram com o mesmo número de jogadores em campo a partir dos 36 minutos, quando Douglas, que já havia recebido o amarelo, derrubou Neto Berola e levou o vermelho.
Com a igualdade numérica em campo, o Atlético voltou a ameaçar a reta final. Nos acréscimos, Fernando Prass fez uma defesa espetacular para evitar o gol de Réver e garantir o empate em São Januário. Depois do apito final, veio a notícia do terceiro gol do Fluminense, que acabou com a esperança do Galo de encerrar o jejum de 41 anos sem título nacional.


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